Algodoal: Um Paraiso Mágico para Fotógrafos

Introdução

Algodoal (chamada Maiandeua pelos nativos) é uma ilha pertencente à área de proteção ambiental do município de Maracanã, estado do Pará, Região da Amazônia, Brasil. 

Maiandeua é um nome indígena que vem da língua Tupi, e significa “Mãe da Terra.” 

A história de Algodoal está intrinsecamente conectada com contos, fábulas e misticismo. havendo diversas teorias até mesmo quanto ao seu nome. As teorias locais envolvem uma multiplicidade de hipóteses, sendo as duas mais fortes as que argumentam sobre o nome ter vindo dos algodões de seda, naturalmente presentes na ilha com a chegada dos Portugueses, e sobre a cor incrivelmente branca oriundas das dunas e areias da região.

Algodoal é a maior das quatro vilas que fazem parte da Ilha, que é formada também pelas vilas de Fortalezinha, Camboinha, e Macooca. 

A infraestrutura de Algodoal é a mais solida, e por isso recebe um maior número de turistas. As quatro vilas são separadas por manguezais e por canais de maré, trazendo um ar rustico e preservado aos visitantes.

O clima de Algodoal é quente e húmido, com temperaturas que oscilam entre 25-31 graus Celsius. O período de chuva na região ocorre entre Janeiro a Março. 

O turismo e a pesca formam o principal meio de sustento da ilha. A energia elétrica foi primeiramente instalada em 2005, e a única água disponível vem de poços artesianos construídos pelos próprios moradores. A ilha é ecologicamente preservada, inclusive, conta com a proibição de veículos motorizados. Os únicos meios de transporte aceitos são bicicletas e carroças puxadas por cavalos.

 

O que torna algodoal tão especial

A beleza natural da ilha é impressionante e diversificada: dunas, praias, restingas, mangues, e outras vegetações que podem nos oferecer meses e meses de oportunidade para a fotografia. A ilha nos proporciona uma sensação tranquila e bucólica, instantaneamente percebemos sua energia e magia. Esse lugar é especial. Tudo é tão rustico e surreal que a impressão é que estamos voltando a um passado distante. Você se torna enfeitiçado, seus sensos se acentuam, tudo parece mais vívido, mais bonito—a cor da água, a brancura da areia, o dourado do por do sol. É como se agente começasse a ver tudo diferente, como um amor à primeira vista. Desde minha chegada, meu coração começou a bater diferente, criei uma conexão imediata com o local, como se eu tivesse incorporado a missão de me tornar um mensageiro da ilha. 

 

O Que Fotografar?

Algodoal é um verdadeiro paraíso pra fotografia. As pedras na beira das praias formas sites ideais pra fotografia de exposição longa. Tragam os seus filtros e tripés, que vocês se divertirão bastante.  O sol escaldante acentua a clareza das praias e a areia se torna um enorme espelho. Aconselho a passarem um dia em Fortalezinha, uma das quatro vilas locais. A praia de Fortalezinha é simplesmente inesquecível. Oportunidade pra fotografia existe por todos os lugares onde você olha. Por exemplo, a textura do Mangue (árvores de longas raízes que se desenvolve à margem dos igarapés) em Algodoal é simplesmente de tirar o fôlego. Além das paisagens, para quem gosta de fotografar pássaros, Algodoal é um prato cheio. Na Ilha, os pássaros estão em todos os cantos. Garças, Guarás, Gaivotas, é impressionante como eles não têm medo da proximidade do homem. Um passeio de canoa pelos igarapés com lentes longas, própria pra fotografar pássaros é altamente indicado. 

O Nascer e o por do sol também são imperdíveis. Fotos do por do sol formam os cartões postais da ilha. Em nenhum outro lugar o sol parece maior, ou mais dourado.

Pra quem gosta de usar drones pra fotografar, uma viagem à Ilha não desapontará. A justaposição das dunas de areia com o mar, as pedras, os pássaros, e as barraquinhas na Praia da Princesa forma um cenário único. As canoas ancoradas na areia contrastando com as carrocinhas puxadas a cavalo dão um charme a parte. 

Nessa viagem não priorizei fotografar as pessoas locais, mais os nativos de Algodoal são muito bonitos e exalam uma energia maravilhosa. Para quem gosta de fotografia Portrait, não vai faltar opção.

 

 

Como Chegar

A primeira parada é Belém do Pará. O acesso a ilha de algodoal se dá através do porto de Marudá, que fica a 165km de distancia da capital Belém. A viagem de Belém a Marudá dura aproximadamente 3h30min. Já a viagem de barco de Marudá a Algodoal dura mais meia hora.

 

 

Onde Ficar

​Não esqueçam que esse é um passeio ecoturista, e as condições são rusticas. Existem algumas pousadas na ilha que oferecem wi-fi, chuveiro elétrico e até restaurantes. Eu tive a benção de ter ficado na Pousada Marhesias, onde os donos Paula e Bergot recebem seus hospedem como se fossem membros da família. A pousada oferece musica ao vivo às noites e uma pizzaria que serve pratos locais deliciosos e uma pizza excelente.  

 

Dicas

Va com espirito aventureiro, não tenham medo de sair pras outras vilas na ilha. Na minha próxima viagem quero conhecer um local chamado Furo Velho com suas as praias desertas, chamadas praias do Mutéua. Também quero fotografar o Berçário dos Guarás (pássaros nativos de cor vermelha) e o encontro com os botos. As pousadas indicam guias nativos pra acompanhar os fotógrafos durante as viagens locais. Os guias cobram uma taxa diária em valores acessível. Não esqueçam de levar protetor solar, repelente contra mosquito, e dinheiro em notas, já que no local não há caixas para saques bancários. 

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Algodoal: A Magic Paradise for Photographers